terça-feira, 14 de outubro de 2008

A atuação da mídia no contexto da atualidade

Por Edivonha Leite & Edson Oliveira
O presente artigo tem como objetivo avaliar Teorias discutidas em, sala de aula, como também Divulga-lo em um blog pela equipe de estudos Como método avaliativo para o componente curricular Pratica Pedagógica III, do professor Antenor Rita Gomes.
Ressaltar a relação das tecnologias da comunicação e o desenvolvimento humano é fundamental, porém ao questionarmos sobre tecnologias não pensemos elas como simplesmente aquelas classificadas como novas tecnologias, mas levemos em conta todos os tipos delas, desde as mais remotas, pois o termo tecnologias permite uma abordagem ampla. Desde que o homo sapiens começou a desenvolver técnicas e não parou e não vai frear, pois este ser humano possui a necessidade intrínseca no seu ser de renovação de conhecimentos e formas de viver bem e melhor.
As tecnologias da informação a meu ver resumem-se em novas formas, novos modos de informar e informação pelo que me compete falar, vem a ser a novidade apresentada, o novo. Portanto novas tecnologias da informação vêm a ser os novos instrumentos com os quais as novidades são lançadas ao público (interlocutores). A tecnologia da informação e comunicação está numa relação de interdependência, mesclam-se, confundem-se, ou seja, não existe tecnologia da informação sem comunicação, porque informar é uma forma de comunicar-se e do mesmo modo não existe comunicação sem informação, quando se comunica informa. Realmente a reciprocidade é tema principal da relação de ambas.
O desenvolvimento humano advém da capacidade deste ser de pensar, criar, se manifestar e são inúmeras as formas de manifestações. A relação dessas duas expressões coletivas ou não, de idéias, intenções, geralmente de caráter reivindicatório com o desenvolvimento humano, não se daria se não houvesse, exemplo dessas relações são os vocábulos em questão. Desenvolvimento denota, requer expressar-se, declarar-se, fazer-se conhecer; revelar suas idéias e sentimentos, mesmo que estes estejam envoltos de falácias, deturpações da realidade, de pontos de vista, etc.
A relação dos já citados vocábulos em questionamento e o desenvolvimento do ser humano no mundo globalizado e globalização é colocada aqui como sendo aceso à informação coisificada, deturpada, interpretada, pronta, sem possibilidades de o interlocutor posicionar-se frente ao dito, o subentendido e está a serviço da cultura dominante, é de dependência, vício, onde a informação e comunicação é alimento primordial de subsistência na sociedade capitalista na qual estamos inseridos.
Os usos dos meios de comunicação e informação ao longo da história concernentes às autoridades demonstram segundo Thompson:
O exercício do poder pelas autoridades políticas e religiosas andou sempre estreitamente ligado à verificação e ao controle da informação e da comunicação, tipificado no papel dos escribas de eras mais remotas e das diversas agências – desde organizações encarregadas de compilar estatísticas oficiais aos funcionários de relações públicas – das nossas sociedades hodiernas. (THOMPSON, 1998 p.27.)
Com base no discurso aqui proferido por Thompson, é verificado em dias atuais, que as formas de comunicação são eficazes, mantendo um constante ritmo frenético. A disponibilidade da informação são mais contundentes e com mais jogos do poder do que em épocas passadas. Essa efervescência simplesmente acompanha o ritmo acelerado da globalização que exige flachs a todo o momento. Estes flachs surgindo a cada dia incessantemente, provocando uma nova fonte dinâmica e atuante para o processo da informação, de a cordo a revista Planeta, “a Internet possibilitou o surgimento de um novo órgão divulgador de informações e notícias, um emissor que antes não existia e nem se suspeitava que viesse a existir, um emissor tão poderoso quanto um jornal, um rádio e uma TV, esse novo emissor é você.” (PLANETA, revista, 09/2007 p. 36.), estes surpreendentes editores. criadores e divulgadores da informação, transformando a comunicação em um mecanismos tão comum as dias atuais, que se torna inimaginável por nós e por eles, o desenvolvimento humano mundial, sem está utilização. È esta a supremacia indiscutível que estes meios operam na sociedade, sociedade que prega valores internacionais, visto que a constante conectividade é a lei. Dentre estes valores, estão presentes aqueles que rege, para você para estar inserido no contexto social é “obrigatoriamente” induzido a acreditar que, necessita está conectado com os melhores e atuais meios de comunicação e informação e, a internet indiscutivelmente é um dos motores que geram tais pensamentos, tanto que a publicidade mostrada induz o internauta a acreditar que: para ser feliz deve adquirir determinado objeto, deve comunicar-se com o mundo através de sites de relacionamentos, etc.
A internet levou o Homo sapiens a um novo degrau evolutivo: o do Homo conectadus. Estamos todos conectados uns aos outros por uma imensa rede de comunicação em que cada receptor é também emissor. E onde está o centro da grande rede? Não há um centro. Há os servidores de Internet, sim, mas eles são apenas suportes físicos. O que se movimenta na rede são informações e elas são repassadas pelos usuários. Cada usuário, portanto, é o centro de informação da rede. O centro da Internet é você. (PLANETA, revista 09/2007 p. 26)
Este fato trazido pela revista Planeta, transforma o controle da informação, antes este controle que era feito por autoridades políticas e religiosas, as quais selecionavam o que era de conhecimento do publico, apenas o que ele escolhia chegava à sociedade, modificando a informação, moldando o comportamento humano. Só que agora, esta informação também corre por outras mãos, mão da população, sobretudo a população internauta, assim a massa também controla a informação, deixando de ser um agente “somente” passivo, para se tornar passivo/ativo do conhecimento, interagindo, discutindo, criticando e sendo criticado.
A rede mundial de computadores possibilita o rompimento das fronteiras, o Brasil e Japão que estão separados por um planeta, na rede eles não tem fronteiras, sem taxas alfandegárias, sem passaporte e até mesmo o idioma, que para muitos era uma barreira, um muro, caiu por terra. O curioso que o surgimento desta era, foi simbolizado com rompimento de um muro, a destruição de uma fronteira que foi construída para durar duzentos anos, separando a mesma nação, o mesmo povo, a mesma língua e valores. Esta fronteira estatuída apenas com o objetivo de medir forças entre dois sistemas de governo, não sobreviveu uma vontade, um desejo, caindo com aproximadamente cinqüenta anos, o Muro de Berlin foi submetido a pó, não podemos afirmar que a criação da rede mundial de computadores no início dos anos 70, venha derrubar estas fronteiras, mas seu crescimento de números de usuários adeptos nos anos 80 vem fortalecer esta idéia. È nesse período que surge novas linguagens e costumes, provocando uma transformação de valores e idéias. A rede cria uma nova movimentação da informação, ela passa a circular no mundo, e cada vez que passa por um lugar, esta informação e modificada, criticada e relançada, virando um circulo vicioso e prazeroso, rompendo barreiras e derrubando muros.
As novas linguagens que são despejadas ao público, principalmente pelas empresas chamadas de “objetos de comunicação de massa”, não se preocupa em querer saber os efeitos e conseqüências que irão causar ao meio, são linguagens para os telespectadores, principalmente aqueles interlocutores de produções midiáticas. Exercem um poder assombroso perante parte do todo. Utiliza-se linguagens alienantes, hipnotizantes de tais formas que, o espectador é abduzido, induzido a concordar com o que está sendo dito, ou seja, são linguagens aonde a informação que chega é pronta, interpretada, de forma que o interlocutor não tenha condições de fazer uma nova leitura, simplesmente absorve o ponto de vista pronto, tornando-se um ser alienando, sem criticar, questionar, contestar ou interrogar o dito. Pensando no que está por trás destas linguagens, os sentidos políticos dessas novas linguagens são reforçados por uma cultura dominante, pautada mundialmente no capitalismo e no consumismo. Há que se dá conta do emaranhado de intenções contidas nestas linguagens, principalmente na linguagem que está por trás do não dito, o subentendido. Há que se questionar. Por que não de outra forma? E porque que tem que ser dito desta forma porque não de outra?
Deve-se conscientizar-se, tornar-se consciente dos benefícios e malefícios das mesmas; Conscientização é primordial para que o poder alienante não predomine que haja senso crítico, para filtrar e selecionar o que se ver na TV, principalmente as de renomes nacionais, observar o que se quer dizer por trás do discurso implícito.
A televisão no cenário doméstico causa uma descentralização, segundo Meyrowitz "o que há de verdadeiramente revolucionário na televisão é que ela permite aos mais jovens estarem presentes nas interações entre adultos (...)”. Com o surgimento de novas formas de comunicação/informação foram mudados os modos de aprendizado como também os modos de como absorver estes novos conhecimentos, além da velocidade com que esta mensagem é captada. A comunicação/informação pautada em valores de um grupo pequeno com um conteúdo pronto que, viabilizado pela acessibilidade tornam os receptores, suscetíveis de apregoarem valores distorcidos e no caso das crianças e os jovens, a TV dá um curto circuito nos filtros da autoridade dos pais, transformando os modos de circulação da informação no lar, etc.
A televisão escancarou conceitos, comportamentos, atitudes que eram omitidas pelos adultos da geração anterior a geração baby boomers, (Esta geração da década de 70 nasceu com a TV, e influenciados de valores e culturas a geração baby boomers passaram seus anos de formação num contexto e ambiente fundamentalmente diferentes daqueles de seus pais.), simplesmente desmascarou a estrutura familiar tradicional.

“É como se a sociedade inteira tivesse tomado a decisão de autorizar as crianças a assistir às guerras, aos enterros, aos jogos de sedução, aos interlúdios sexuais, às intrigas criminosas. A pequena tela expõe às crianças os temas e comportamentos que os adultos se esforçaram para lhes ocultar durante séculos.” (MEYROWITZ, 1995, p. 62.)
Segundo o discurso de Meyrowitz, a autoridade dos pais antes inqüestionável, agora se ver diante de fatos comuns na televisão, o bom e ruim visto por olhos curiosos, atentos e insaciáveis. A dificuldade de criar seus filhos aumentou, pois a verdade imposta pela sociedade e que é muitas vezes diferentes da que eles acreditam, saltam no mundo de seus filhos a toda hora, a todo instante, fazendo o questionamento do seu discurso e em algumas vezes, se opondo a ele.
O controle da televisão não admite complexidade de temas, vocabulário e não permite disfarces o que torna a censura explícita, desmascarando assim os mecanismos de simulação que sustentam a autoridade familiar, pois em realidade os pais interpretam papéis que a televisão desmascara: nela os adultos mentem, roubam, se embriagam, brigam... E, por outro lado, a criança não pode ser castigada pelo que vê (como é por aquilo que lê clandestinamente), pois não foi ela quem trouxe, subliminarmente, o programa erótico ou violento para casa. (THOMPSON, 1998 p.)
A televisão acabou se tornando o meio que desordena de forma mais radical a idéia e os limites do campo da cultura. A nossa relação com os produtos de massa e a alta cultura foi transformada. Simplesmente a TV registra mudanças de horizonte, mudaram-se os critérios de valor e ela monopoliza este fenômeno, pois é democrática, mistura culturas, comportamentos, transita nas diversas faixas (apresenta programas destinados à massa, mas também à elite, além das diversas faixas etárias dando-lhe possibilidades múltiplas dos telespectadores junta o pobre e o rico, a criança e o idoso, etc.).
As experiências áudio visuais criadas no novo contexto de modernidade dos nossos países subdesenvolvidos repensam as formas de continuidade cultural, ao propor a emergência de uma geração nova onde nasceram com a nova era áudio visual, as crianças aprenderam a falar inglês diante da TV, adquiriram comportamentos de diversos lugares, diferentes formas de se vestir, a comunicação destes indivíduos no atual panorama de globalização é de enorme capacidade de absorção de informação (conteúdo vinculado).
Os valores atribuídos às imagens dependem do contexto e a que elas estão sendo inseridas e destinadas. Ao longo das civilizações as imagens foram utilizadas como complementação da escrita, forma esta confiável e de valor inqüestionável em nossa sociedade.
Com o surgimento da fotografia os textos escritos principalmente os jornais aderiram pouco a apouco ao uso de imagens como forma de enfatizar o que estava sendo dito nos textos escritos, criando um subsídio maior dos discursos. As fotografias ganham o mundo a partir daí é feito o uso das mesmas para diversos fins.
A imagem em si carrega significados, diz simbolicamente, traz uma representação da realidade, ilusão, contém discursos, ela pode estar representando um dado momento que pode ser fictício, irreal ou encenado, portanto ela ganha espaço cada vez maior nas vidas humanas tanto na forma de denúncia ou não.
Nós pensamos por imagens! Ao assistirmos TV nós somos passivos diante das imagens televisivas. A utilização das linguagens imagéticas como discurso persuasivo é uma das principais características da mídia de modo geral. Elas na maioria das vezes têm poder impactante, paralisante, que apesar de ser uma realidade representada, distorcida, podem ser feitas conclusões que não necessariamente serão a realidade dos fatos.
As imagens televisivas emitem discursos formados, calcados com base nos interesses da sociedade consumista, ela desenvolve poder de atração, persuasão diante dos telespectadores, pois contém consigo valores, dizeres, representações que podem mudar opiniões. Você é capaz de duvidar de um texto escrito, um cenário fictício só que mesmo assim ela continua com seu indiscutível valor diante de uma sociedade capitalista onde a fotografia foi transformada em objeto de consumo, de comercialização; valendo até milhões de Reais, por uma única representação: estática e autônoma da realidade.
É interessante contabilizar quê a TV possui uma grande habilidade em persuadi a massa com sua programação, utilizando a imagem com matéria prima de seus ideais, construindo uma geração. A televisão no Brasil teve sua estréia no inicio dos anos 50, coincidência ou não, pouco antes da copa do mundo de futebol realizada no Brasil, este fato, contribui bastante para o crescimento deste esporte no País, apesar de que os jogos não foram transmitidos ao vivo, como estamos acostumados, a imagem desse evento popularizando o esporte entres os brasileiros, vendo a ideologia da emissora de TV.
Nas escolas, nos nossos livros didáticos, também existem esta linguagem. Um pouco mais simples, mais singular, volta às vezes apenas como figuração e outras para animar a aula. O uso da imagem como principal objeto de estudo, fazendo uma leitura e critica da sua informação, são casos raros em sala de aula, não que os livros não tragam esta linguagem, mais nossos professores não estão preparados para esta finalidade ou quando estão não são motivados suficientes para utilizar este recurso, quando não sofre repressão.
Com o indiscutível poderio das produções midiáticas frente à nossa sociedade as escolas como toda e qualquer instituição que valorize e que se preze diante de sua legitimadora: a sociedade. Não poderia deixar de aderir ao novo sistema implantado que tem como uma das principais máximas o acesso à informação a qualquer ponto do planeta através de inúmeros veículos, tais como: TV, internet, rádio, telefones de modo geral, (ressaltemos aqui o celular, que nos últimos anos desempenham um papel primordial frente a esse mundialização de informação) dentre outros. A escola a partir do século XXI tornou-se obrigada a rever seus antigos conceitos, sua estrutura curricular, seus modelos epistemológicos de aprendizagem, pois a sociedade se modernizou ela pede incessantemente informação, comunicação nos torna seres “imediatistas” queremos a qualquer preço a qualquer hora, estamos presos a um quotidiano onde a ordem é “MUDE”, “ACOMPANHE O NOVO”! Portanto segundo Gomes (2008) “As tecnologias da informação e da comunicação e o trabalho escolar” vem falar de discussões, questionamentos referidos a “nova escola”, frente a efervescência das novas tecnologias de informação e comunicação onde a referida escola é obrigada a adaptar-se, como ponto de credibilidade dos seus mantenedores, a escola a partir daí forçosamente adere as “novas práticas de docência” de mediação de conhecimento pois ela hoje não é vista como em tempos remotos onde a mesma era tida como detentora privilegiada de informações, pois a mídia levou a informação a todos os lugares.
A escola exerce um papel importantíssimo frente às novas tecnologias da comunicação e informação, como por exemplo, de reconhecer que ela já não é a monopolizadora de conhecimento e informação e sim exerce o papel de mais um complemento para aprendizagem. A de saber reconhecer e aderir os novos modelos de ensinagem tendo que estar preparada para lidar com o novo. E os docentes dessa “nova instituição” situada nesse novo século são questionados a serem os eternos aprendizes, operários em construção, de conhecimento construído dia após dia, resumindo: A tão propagada idéia que já vem sendo implantada da Formação Continuada.
A formação dos profissionais da educação na atualidade resume-se a uma graduação que enquanto licenciatura leva o graduando durante quatro anos ensinando-lhe teorias, métodos que irão lhe auxiliar durante todo seu processo de ensino depois de concluída sua graduação. Sabe-se muito bem que esta é a realidade existente, porém não é essa a realidade que se almeja para a educação que o nosso país clama e grita. Haja vista o estado crítico da educação brasileira que caminha a passos lentos, ou melhor, não caminha regride dia após dia. E é impossível falar em qualidade de ensino, sem falar da formação do professor, questões que estão intimamente ligadas.
A formação teórica e prática do professor poderão contribuir para melhorar a qualidade do ensino, visto que, são as transformações sociais é que irão gerar transformações no ensino. Sendo assim há algumas décadas, acreditava-se que, quando terminada a graduação, o profissional estaria apto para atuar na sua área o resto da vida. Hoje a realidade é diferente, principalmente para o profissional docente. Este deve estar consciente de que sua formação é permanente, e é integrada no seu dia-a-dia nas escolas. E estar consciente diante desta realidade é ter atitude diante a realidade existente,
O professor da nova configuração social deve estar consciente acima de tudo de seu importantíssimo papel educacional para a sociedade, também precisa ter boa remuneração, precisa ser valorizado, e esses detalhes são determinantes para um novo cenário na educação atual e futura.
Precisamos de professores inquietos, andarilhos, eternos aprendizes, que sejam capazes de largar a mesa e a cadeira de professor e irem aprender em meio aos conglomerados e nas mais inusitadas situações.(...) O professor deste novo século tem que ser, acima de tudo, aprendiz. Aprendiz não no sentido ingênuo da palavra, mas no sentido investigativo que o termo com´porta. Aprendiz da cultura, aprendiz das mudanças sociais, aprendiz de humanidades: (Gomes 2006. última página).
Pra finalizar, a internet abre uma nova fronteira entre o mundo trazido pela televisão, de informações prontas e condicionadas e o mundo trazido pelos pais e escola, o poder de abduzir os telespectadores está perdendo força como também a força normativa dos pais/escolas, criando um triangulo da informação. Claro que os grandes meios de comunicação já existentes, perceberam esta mudança, e estão tentando se aproximar desta linguagem, sentindo a enfraquecimento de sua linguagens, como também a diminuição de sua parcela do mercado. Já as escolas burocráticas, não acordaram de fato para esta realidade, continua a resistir as mudanças propostas pelo este novo universo, retardando o máximo o seu desaparecimento. Restando aos pais, únicos preocupados com a melhor educação de seus filhos, assustados com este novo mundo, que consegue ao mesmo tempo ser tão realista e de uma proporção nada diferente, ser tão ilusório, se adaptar a esta nova realidade.


Referências:
BOURDIEU, Pierre,1930-2002. O poder simbólico/Pierre Bourdieu; Fernado Tomaz (português de Portugal)- 8ª Ed. – Rio de Janeiro; Bertrand Brasil, 2005.
Lèvi, Pierre. Cibercultura/Pierre Lèvi; tradução de Carlos Ivineu da Costa. – São Paulo: Ed. 34, 1999. (Coleção Traus.)
http://www.centrorefeducacional.com.br/profprat.htm
Gomes, Antenor Rita. As tecnologias da informação e da comunicação e o trabalho escolar. 2006.
Mediatamente! Televisão; Cultura e educação?Secretaria de educação a distância. Brasília: Ministério da educação, SEED, 1999. (Série educação a distância – comunicações do seminário internacional imagem, cultura e educação, realizado na universidade federal do Rio de Janeiro, em abril de 1998)
THOMPSON, John B. “A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. “Tradução de Wagner de Oliveira Brandão. 3ª Ed. R. de Janeiro: Vozes, 1998. p. 19-46.
REVISTA em idéias. A caixa preta da mídia no Brasil. Novembro/dezembro/2006. p.10.
PLANETA, Revista. A mídia sou eu. Setembro 2007. p. 36-39.


As tecnologias da informação e comunicação ...

Por Héllen Saane & Daiane Ribeiro

Palavras-chave: tecnologia da informação e comunicação, escola, imagem e persuasão.



Introdução

A presente pesquisa se pautará no que se refere à relação das tecnologias da informação e comunicação com a escola, o desenvolvimento humano e o poder da linguagem persuasiva nas propagandas, seus sentidos e cuidados políticos.

Veremos, no decorrer das análises, como se da o uso das tecnologias de informação e comunicação na escola, no desenvolvimento humano e quais são as informações implícitas nas propagandas, que um leitor mais atencioso pode observar, dando ênfase em seu poder de persuasão. Em seu livro Linguagem e persuasão, Adilson Citelli nos mostra, de maneira clara e precisa, o que vem a ser a persuasão:

Quem persuade leva o outro à aceitação de uma dada idéia. È aquele irônico conselho que está embutido na própria etimologia da palavra per+suadere= aconselhar. Persuadir não é sinônimo de enganar, mas também o resultado de certa organização ao discurso que o constitui como verdadeiro para o receptor.


O fascínio pela imagem parece fazer parte da natureza humana. As primeiras representações do mundo datam do tempo das cavernas. Hoje, séculos de história separam a arte rupestre da fotografia, do cinema, da televisão, da internet.

As imagens muitas vezes transmitem a mensagem, sem a necessidade de interpretação de palavras ou textos verbais. O valor da imagem, como uma prática social persuasiva, coloca em uma situação de comunicação um produtor-anunciante e um leitor-consumidor, utilizando-se de textos não-verbais entre os quais circulam sentidos determinados.

Enquanto uma prática social persuasiva, as imagens buscam condicionar o homem a um determinado “fazer”. Como mensagem, que coloca seres humanos em uma relação de comunicação, ainda que não face-a-face, as imagens exigem, além de uma compreensão, também a sedução do leitor. É por esse motivo que os elementos não-verbais, dispostos em um anúncio, são permeados de estratégias de persuasão, que na maioria das vezes passam despercebidos pelo leitor-consumidor.

É com o intuito de valorizar uma forma crítica de percepção dos textos não-verbais da publicidade que se formula como um dos objetivos desse trabalho a análise das imagens que compõe anúncios publicitários impressos, investigando as estratégias de persuasão que o produtor do texto, consciente ou inconscientemente, formulou com a intenção de capturar a atenção e seduzir seu leitor.

Se as estratégias que circulam entre os elementos verbais ainda passam despercebidas pelos leitores, é provável que ainda mais discretos sejam os elementos de persuasão que estão articulados nessa nova linguagem dos elementos não-verbais, mais especificamente, nas imagens. Isso porque o ser humano é alfabetizado para ler textos escritos, e posteriormente, interpretá-los, mas com relação aos textos não-verbais não existe a exigência de alfabetizado, acreditando-se que a interpretação desses deva ocorrer de forma natural, sem interpretações e sem questionamentos. Dessa forma, é uma transformação nos termos da valorização dos elementos e textos visuais, a partir da definição de uma estrutura de análise crítica, que autores propõem .

Partindo da concepção de que cada elemento que constitui uma imagem possui um significado em si, e que juntos produzem o significado que se pretende transmitir, é preciso compreender que saturações de cores, planos e inclinações não são selecionados em vão.

Os elementos não-verbais estão tão presentes nos textos quanto os verbais e representam diferentes significações que, muitas vezes, os leitores são incapazes de interpretar . As peças publicitárias mostram que o significado é transformado em linguagem, mas não necessariamente em linguagem verbal.

Somos hoje atravessados, de fato, por uma imensidade de imagens que, nas ruas e nos centros comerciais nos vêm das fachadas e dos placares, imagens que nos invadem a casa, pela televisão, pelo vídeo, pelo computador, pelos jogos eletrônicos, imagens que nos assaltam, e que nos avassalam, quando nos refugiamos num shopping ou quando experimentamos embarcar em sessões de realidade virtual.
Este atual esplendor da imagem, uma imagem que nos rodeia, atravessa, assedia e alucina, uma imagem envolta em luz elétrica, uma luz de que só nos damos conta quando falha, é indissociável o mundo se tomar imagem pela tecnologia.
Os dispositivos tecnológicos produzem e administram imagens que simulam as mais perfeitas harmonias ecológicas e transparência humana, o que é um grande passo feito no sentido da idolatria. A mídia usa seu poder para alienar e não para conscientizar, ela tem como principal objetivo o consumismo e a construção de uma cultura de massa. Em seu livro A Cultura da Mídia, Douglas Kellner nos evidencia que :

“As imagens e as narrativas veiculadas pela mídia fornecem os símbolos, os mitos e os recursos que ajudam a constituir uma cultura comum para a maioria dos indivíduos em muitas regiões do mundo de hoje”.

Sendo assim, conclui-se que a publicidade ao fazer o uso das imagens alcança o ápice de seu poder apelativo quando atinge o consumidor predominantemente em seu estado desarmado.

O homem moderno foi condicionado a ler apenas o verbal como discurso, principalmente no ensino escolar, deixando o não-verbal como simples complemento, portanto há necessidade de uma reeducação em seu processo de socialização. Novas formas de expressão contribuem para uma nova linguagem e exigem que o cidadão desenvolva a capacidade de analisar, estabelecer relações, sintetizar e avaliar.

A utilização de charges, histórias em quadrinhos, tiras e outros instrumentos que fazem parte do uso das linguagens não verbais são cada vez mais utilizados como instrumentos no processo de aprendizagem, pois estimulam a percepção e contribuem de maneira significativa no processo do ensino aprendizagem. A leitura das imagens é uma necessidade no mundo moderno e nas modernas técnicas de comunicação humana, portanto indispensável na esfera da educação.

Não podemos esquecer que vivemos num mundo dominado pela imagem, a televisão, o cinema, o vídeo e internet são realidades presentes no dia-a-dia do homem atual, através da imagem reconstrói-se um novo tipo de leitura do mundo e da realidade. Os modernos meios de comunicação estão impregnados de imagens a serem decodificadas, facilitando a compreensão e o conhecimento de forma mais imediata da realidade.

Desde sempre, a escola detêm um poder muito grande de desenvolver a capacidade, o conhecimento e as potencialidades para se realizar uma boa formação social, emocional e cultural dos indivíduos. A partir da infância, a instituição escolar inicia a execução do seu papel de “detentora do saber” sobre a sociedade, e para que isto aconteça estas instituições utilizam do chavão de que só elas são as detentoras da informação, como nos evidencia, o Doutor em educação, Antenor R Gomes em um dos seus textos:

“A escola durante muitos anos da sua existência firmou-se como instituição social detentora do saber, mais precisamente detentora da informação. As crianças, jovens e as pessoas adultas eram conduzidas ate a escola com o propósito de nela adquirirem conhecimento/informação”.

Porem, com o passar do tempo à escola deixou de ser a única detentora do saber, pois as banalizações das informações fizeram com que todos alcançassem o conhecimento, desde que tenham os recursos para aquisição dos meios para este acesso.

O papel da escola frente às novas tecnologias de informação e comunicação é de se aliar e fazer uso delas, para que através dessa união possa se construir sentidos, preparar o educando para a conquista da cidadania, formando opiniões, para que posteriormente possa colher resultados significativos, ou seja, um aprendizado com qualidade.

”Nossa era prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência ao ser”. Há necessidade de se criar condições para o acesso a essas tecnologias porque elas representam múltiplas oportunidades de educação, maiores inclusão social e desenvolvimento de novas habilidades ao indivíduo. Porem, é necessário conhecer com profundidade os vários veículos midiáticos que fazem a utilização das novas linguagens e dos meios de comunicação para que se possa criticá-los e usufruir de seus benefícios devidamente, para que haja experiências positivas do uso destes materiais na escola, pois existem projetos de estudo que são programas de incentivo à leitura e sendo de fundamental importância o papel do professor no uso que se faz destes meios.

Estas novas formas de linguagem (mídia, imagem) e comunicação (TV, Radio, NET etc.) devem ser estudadas na escola, e esta continuará cumprindo o seu papel de investir na construção do saber, não deixando de fazer parte de tudo o que acontece ao seu redor. Contudo, cabe ressaltar que esta nova linguagem e este novo meio de comunicação não têm capacidade de mudar sozinhos os comportamentos das pessoas, pois ao seu lado deveram existir outros mecanismos como a família, a religião, a sociedade e a escola.

Cabe à escola e ao profissional de educação, juntamente com o Poder Público e a sociedade, fazer do jovem um cidadão e um trabalhador mais flexível e adaptável às rápidas mudanças que a tecnologia vem impondo à vida moderna. A educação permanente é uma das formas de adequação e aperfeiçoamento necessários às novas exigências do mundo moderno.

Analisando o comportamento de alunos e professores no ambiente escolar, observa-se que a mídia, em especial o rádio e a televisão, exercem grande influência no padrão da educação. Pode-se afirmar que muito do que é trazido para a sala de aula sofre a influencia destes meios de comunicação. Uma apresentação da educação baseada na visão de tecnologia pode ser decisiva para o desenvolvimento do ser humano seja ele aluno ou professor, isso se da pela expansão de sua inteligência, tanto individual como coletiva, já que aceita sua aprendizagem, entendida como processo de adquiri competências.

As tecnologias hoje disponíveis devem suportar esta nova visão pedagógica, que entende a educação como o processo de desenvolvimento pleno do ser humano, o que exige que ele aprenda a pensar e agir de forma inteligente e critica. Essa forma de ver a educação certamente não é nova, mas assume uma importância especial nos dias atuais.

Assim, a escola deve auxiliar seus alunos no desenvolvimento das competências básicas requeridas para se viver em sociedade. Esse modelo de escola deve substituir o modelo voltado quase que exclusivamente para a transmissão de informação.

A sociedade atual se caracteriza por tornar disponíveis enormes quantidades de informações, mas não se tornou ainda capaz de encontrar formas eficientes de ajudar as pessoas a transformar informações em conhecimentos e de traduzir estes conhecimentos em competências que lhes permitam realizar os seus projetos de vida e, assim, se realizarem a si próprias. Isso só se dá através da educação. Mas educação, nesse contexto, é certamente mais do que simples transmissão de informações através do ensino: é, na verdade, um processo de real preparação para a vida, que acontece na medida em que as pessoas ativamente se envolvem no desenvolvimento das competências requeridas para viver vidas bem sucedidas.

O apoio proporcionado a esse processo pelas novas tecnologias de informação e comunicação pode ser decisivo, em especial no complexo desenvolvimento de inteligências humanas versáteis e flexíveis, capazes de atuar eficientemente em ambientes tecnológicos complexos, que requerem intensa interação e cooperação, e, por conseguinte, ferramentas que facilitem a colaboração, seja na aprendizagem, seja no trabalho, seja até mesmo no lazer. Os muitos obstáculos ao desenvolvimento desse tipo de inteligência podem ser reduzidos em quantidade ou diminuídos em dificuldade com o auxílio da tecnologia, assim facilitando o processo de aprendizagem.

A cultura tecnológica em que vivemos pode fazer uma diferença positiva e atuar diretamente no desenvolvimento cognitivo do aluno. Cabe, a nosso ver, uma crítica ao desenvolvimento tecnológico, do passado ao presente, ao se verificar até que ponto estamos caminhando no rumo desejado, já pensando no futuro. Existe sempre o elo com a educação.

A relação entre a velocidade da inovação tecnológica e o desenvolvimento da cognição humana, em termos de idéias, associações, criatividade, memória e raciocínio, deve ser revista, já que existe uma nova relação entre o homem e a soma das informações que o rodeiam e às vezes parecem afogá-lo hoje em dia. Até aqui o ser humano tem se relacionado com quantidades relativamente pequenas de informações, mas estamos iniciando uma nova era em que será possível, via redes globais de informação e comunicação, ter acesso a basicamente tudo o que se produz na área intelectual.

As tecnologias da inteligência podem e devem exercer influência marcante numa nova educação. Não se trata de apenas mecanizar processos de captura, armazenamento e busca de informação. Trata-se, na verdade, do desenvolvimento do ser humano em sentido pleno, da expansão de sua inteligência, entendida no sentido mais amplo, mas abrangendo também a inteligência coletiva.




Conclusão

A nova linguagem (imagem) é uma forma comunicativa de que muitas pessoas usam para lançarem seus produtos, tendo como objetivo criar uma sociedade consumidora, sendo isso o pontapé inicial para o surgimento de uma cultura de massa. É através das linguagens seja ela verbal ou não-verbal que se obtém o resultado esperado, que é o de atingir seus públicos alvos.

Não podemos deixar de ressaltar a importância da persuasão das imagens, pois são elas que detêm o poder de convencer o “leitor” a adquirir os produtos veiculados em diversos meios de comunicação e informação, onde a fórmula deste sucesso é a união da comunicação seja verbal ou não-verbal, juntamente com a persuasão.

Nosso intuito no decorrer do trabalho foi também o de evidenciar a relação da escola com estas tecnologias da comunicação e informação, as imagens e a persuasão utilizada, relatando a capacidade de desenvolvimento do ser humano apartir da utilização destes novos meios e linguagens, mostrando que a escola não é mais o único lugar de se adquirir conhecimento.



Referencias bibliográficas

CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão, São Paulo: Ática, 2003.

Kellner Douglas. A cultura da mídia – estudos culturais : identidade e política entre o moderno e o pos- moderno/ Douglas Kellner ; tradução de Ivone Castilho Benedetti. - - Bauru, SP : EDUSC, 2001.


ARTE DA ESCRITA/ Universidade do Estado da Bahia, departamento de Ciências Humanas, Campus IV – Jacobina – BA, UNEB 2006.




Bibliografias complementares

www.universia.com.br/index.jsp

www.alb.com.br/anaisjornal/ezequiel/MesasRedondas

Tecnologia para o bem ou para o mal?

Por Lidiane Coelho

Se Pararmos para pensar sobre o poder que a mídia, as redes de televisão, internet, em fim, todos os meios de comunicação exercem sobre as pessoas, nos preocuparíamos mais com o que assistimos, ouvimos, lemos, pois toda essa massa de informação é passada sem a menor preocupação para quem tudo isso será transmitido. Sendo assim pensamos nas crianças, como seres em formação e em decorrência disso são alvo de incontáveis ataques midiáticos onde o principal objetivo é somente lucrar com as suas produções em massa.
Partindo desse pensamento, podemos analisar a importância que tem tido as tecnologias sobre as novas gerações, pois as crianças a cada dia mais tem sido envolvidas por uma orvedoze de informações dadas com muita facilidade, e em decorrência desse fato elas tem se tornado precoces e mais desenvolvidas que muitas gerações a trás na mesma idade. Por exemplo, uma pessoa de trinta anos tem mais dificuldade que uma criança de seis quando vai utilizar um computador. Esse fato evidência como essa nova era tecnológica influencia no desenvolvimento e formação dos seres humanos em geral, porque nossos hábitos do dia-a-dia são condicionados as novas formas de comunicação que surgem com uma rapidez assombrosa.
Se analisarmos como viviam as pessoas, sem eletricidade, sem telefone e mais recentemente sem celular e o tão valioso computador e a maravilhosa internet, veremos como era diferente.



¹ Lidiane Coelho de Andrade é graduanda em Letras Vernáculas pela UNEB -CAMPUS IV, Jacobina. E-mail: lidiane-coelho@hotmail.com
É assustador se colocar em lugar dessas pessoas naquela época de pouco recursos tecnológicos, (apesar de elas terem as suas vantagens por terem vivido em tempos onde se valorizava mais a companhia das pessoas, a leitura a música, pelo fato de mais nada terem para lhes distraírem). O fato é que não se pode mais voltar àquela época e nem nos adaptaríamos tão facilmente a ela depois de experimentarmos os prazeres e o conforto que nossos aparatos tecnológicos nos têm proporcionado. Seria como voltar à era do homem na fase onde nem o fogo havia sido descoberto. Simplesmente não dá pra acontecer, e se acontecesse o homem daria um jeito de reconstruir tudo o mais rápido possível.

Desenvolvimento humano e as tecnologias


É preciso desenvolver à razão humana sua função de turbulência e de agressividade e ir o mais rápido possível nas regiões da imprudência intelectual (...). À imaginação criadora pertence essa função do irreal, que é psiquicamente tão útil quanto a “função real”, tão frequentemente citada pelos psicólogos para caracterizar a adaptação de um espírito a uma realidade marcada pelos valores sociais.
Bachelard
É inegável como a tecnologia tem tomado conta das vidas das pessoas. Não conseguimos nos imaginar sem um telefone, carro, avião, chuveiro elétrico, etc. Tantas coisas que até nos esquecemos do quanto elas tem sido parte integrante do nosso dia-a-dia. Chegamos ao ponto de preferir estragar o nosso meio ambiente para poder desfrutar de todos os nossos recursos tecnológicos, pois realmente eles são de utilidade. Toda via, há algo para pensar em tudo isso, como por exemplo, as coisas perdidas no decorrer desse processo de desenvolvimento tecnológico.
O homem está imerso na tecnologia. Deitado em um colchão descansando em suas criações. A tecnologia abriu as cortinas para que o homem mostrasse o que já tinha dentro de seus pensamentos humanos.
O ser humano tem se esbaldado nas delicias proporcionadas pelo virtual, é nesse mundinho criado onde ele faz tudo de que precisa, desde comunicar-se até o ponto de não saber se está vivendo uma realidade ou uma virtualidade. Interessante é pensar como isso se processa e como as pessoas se deixaram induzir por aparatos até o patamar de não utilizar suas capacidades normais para usar arranjos desnecessários, como você ter de usar a internet para pesquisar como se anda de bicicleta ou a cavalo, ou como se joga bola. Ou seja, esse tipo de atividade deveria ser naturalmente aprendida e não ensinada por meio de um manual da internet.
Essas e outras coisas nos remetem ao pensamento de quanto o homem tem se perdido nessa imensidão de novidades, e o quanto exagera na hora de fazer uso das mesmas. Deveríamos saber quando parar, entender o momento de dizer não a certas coisas oferecidas com tanta facilidade. Será que não existe um preço por tudo isso? Talvez já saibamos a resposta, mas não queremos aceitar.
Ainda podemos falar também das relações virtuais, das salas de bate papo, msn, orkut, em como essas formas de relacionamento tem tido sucesso entre as pessoas, principalmente aquelas com dificuldade de se relacionar ou que não gostam de sair de casa. As pessoas com mais amigos na internet do que pessoais, preferem um amigo que nunca viu a ter um amigo “presencial”.
Para onde foi o aperto de mão, o abraço, os beijos que são tão prazerosos e trazem tanto bem. Será que esquecemos como se faz isso?
Porém o mais assustador de toda essa história são as famílias. Sociedade é constituída de famílias e como será a sociedade com famílias sem estruturas, sem comunicação familiar. As pesquisas nos falam do tempo gasto na frente da televisão, na internet e outros, e todo esse tempo gasto não deixa espaço para conversar com os pais, avôs e parentes em geral. Prefere-se estar em um ambiente virtual ao da realidade do lar. Em uma mesma casa podemos encontrar varias pessoa juntas, no entanto separadas e entretidas em assuntos totalmente diferentes.
As conversas de depois das refeições sobre como foi o dia das crianças, em como vai a vida já faz parte do passado. Para que uma conversa ocorra é preciso a televisão quebrar, a internet cair, os celulares estarem fora de área. Até quando você vai a um lugar onde não se faz tanto uso te tecnologia não conseguimos nos separar dos nossos aparelhos. Seria um sacrifício enorme.
Não sabemos até que ponto nos curvamos a era da tecnologia. O quanto somos dependentes dela. Se saberemos parar ou achar um equilíbrio. O fato é que temos uma geração rendida diante de uma criação humana, mas essa criação tem tomado o lugar do criador e se tornado mais forte. Tanto que pode ser impossível deter-la, parar seu crescimento, ou mesmo reparar seus erros. Porque cedo ou tarde esses erros vão precisar de conserto.

As tecnologias da informação na escola e o seu papel

A escola é vista como uma peneira onde a criança passa e se torna limpa ou pronta para a sociedade. A escola é um reflexo do que a sociedade determinou como padrão de comportamento, de conduta e tudo mais. É nela que aprendemos a ser “educados”. Se a sociedade adota o capitalismo, consequentemente a escola trabalhará a favor do capitalismo. Isso reflete como a escola vem sendo conduzida por esses anos.
A história tem nos mostrado que há uma relação direta entre as transformações sociais e as mudanças educacionais. Os modos de vida de um povo, as formas de organização social, os relacionamentos e os processos formativos são afetados pelos processos mais gerais de mudanças sociais. (...) Por esta razão, a Educação Escolar está inevitavelmente ligada aos processos e movimentos sociais; mesmo por que, a escola é uma criação de homens, mulheres e crianças situadas em um dado contexto histórico e cultural. A escola é uma invenção cultural e, portanto, representativa de alguma forma de pensar; mesmo que seja essa forma de pensar um ethos de resistência às tendências massificadoras da sociedade.
(GOMES, 2006)*
Assim a escola tem sido impactada com o surgimento das novas tecnologias, pois hoje não é mais possível negar que os recursos tecnológicos têm substituído e se integrado a escola. Não se “perde mais tempo” lendo um livro, mas pesquisando na internet. Tudo pode ser feito por ela. A escola tem deixado de ser interessante ou mesmo atrativa diante do mundo maravilhoso da virtualidade. Desde o surgimento da televisão já se observavão as mudanças na visão de mundo que as crianças começaram a ter.
A escola sozinha tem exercido poucos questionamentos, pois é necessário que a escola tenha a função de instruir os seus alunos para a vida, de uma forma geral, e isso inclui as novas tecnologias. As outras instituições evidenciam o quanto a escola tem perdido espaço frente às inovações que surgem. Se a escola tem perdido sua função e não situar-se vai acabar sem estatus e sem função. Vai ser substituída.

* GOMES, Antenor Rita. Arte da Escrita/ Universidade do Estado da Bahia, departamento de Ciências Humanas, campus IV- Jacobina – BA, UNEB 2006. Semestral/ Ano I -n.1.
O motivo da escolar ainda permanecer é a crença que é depositada nela, as pessoas acreditam na educação. Tudo pode parar, no entanto as escolas permanecem funcionando, porque existe uma preocupação em relação à mesma. Elas são referencia e tem um poder simbólico em sua volta.
Porém é necessário lembra a falência que tem atingido as nossas escolas. Existem crianças vítimas do sistema educacional falho, que se importa somente com números e não com qualidade, onde jovens com 12 anos não sabem interpretar um texto e são considerados alfabetizados, sendo que na verdade são semi-analfabetos. Pode até parecer radical, mas a realidade tem de ser relatada para assim dar uma chance a esses jovens, de terem talvez uma oportunidade de mudança em suas escolas, e assim possuir opções quando saírem das instituições de ensino, pois as escolas deveriam preparar essas crianças para a vida profissional, pessoal, emocional e não somente aparentar ensinar conhecimentos, muitos deles desnecessários quando se sai das escolas.
Partindo dessa realidade, pensamos se a escola tem atendido as necessidades dos seus alunos de verdade ou ela não exerce mais a mesma importância de antes? Fica aí uma reflexão.
Mas é importante falar do papel dos professores diante de toda essa mudança em sua área. Tem os professores mudado ou simplesmente parado em frente a toda essa transformação? Isso é uma questão que não podemos ao certo afirmar, porém uma coisa é certa, se esses profissionais não se posicionarem diante da nova realidade ficarão para trás. Existe uma urgência em se renovar, reformular e atualizar-se sempre, pois esse é requisito básico para a boa adaptação e colocação em nossa sociedade pós-moderna.
É importante que se incentive também esses profissionais, lhes dando possibilidade de se atualizar, por meio de boa remuneração e disponibilidade de tempo. Pode ser uma realidade distante só que necessária. O professor deve receber essas novas ferramentas como recursos para fins educativos, e ter uma mentalidade reformulada para poder explorar ao máximo as potencialidades do novo.
Há quem diga que a escola um dia vai deixar de existir. Será essa uma verdade inevitável ou especulação? Conjectura ou não, a escola deve se preparar para não acabar sendo daqui a algumas décadas, apenas uma página na história.

A importância de se analisar os Discursos da mídia


Desde o inicio do mundo as pessoas tiveram de aprender a usar a linguagem para ter uma comunicação um com os outros, sem a qual não se conseguia viver em sociedade, por mais rústica que fosse a linguagem naquela época ela já se mostrava indispensável ao convívio. Hoje desfrutamos de métodos de comunicação bastante avançados e isso facilita os processos assimilação das mensagens.
Assim sendo, ele não é só usada para passar mensagens simples, mas no atual século XXI ela tem tomado rumos e proporções gigantescas. E essas proporções abarcam a busca de objetivos comerciais, políticos, religiosos e outros. Sendo que esses objetivos não são somente coletivos, mas em sua maioria individuais. Pois essa busca de interesses não relacionados ao bem comunitário é uma característica do mundo pós-moderno, de uma visão capitalista.
Se pararmos para analisar os discursos observados na televisão iremos constatar como a linguagem persuasiva é usada de maneira hábil e perspicaz, visando levar as pessoas a fazerem o que é de interesse de outros, pois devemos ter em mente que persuadir é antes de mais nada submeter, levar a fazer. Isso dá uma idéia de como a mídia televisiva pode ser indutora.
Érico Veríssimo diz: “Mas devemos defender-nos de toda palavra, toda linguagem que nos desfigure o mundo, que nos separe das criaturas humanas, que nos afaste das raízes da vida.” Ou seja, ele fala da importância de estar atento aos discursos que deformam a verdade, dos criadores de uma realidade virtual, só existente na mente dos seus criadores, como as noções erradas de beleza, as falsas qualidades dos produtos e os falsos desejos reproduzidos.
Não é tão difícil perceber como isso já vem sendo feito há vários anos. Como o poder da televisão cresceu com o tempo, e ainda cresce por ter um público havido por informações que nem sabemos se são verdades ou verossimilhanças. Para comprovar isso, muitas informações passadas por jornais são meras versões do que realmente aconteceu, e não se pode saber ao certo o que realmente é verdade ou verossimilhança.
As crianças absorvem uns cem números de mensagens, sem saber ao certo onde querem chegar os que produzem as mesmas, por isso à preocupação em está alerta quanto ao conteúdo de certos programas, para proteger as crianças de más induções. Poderá uma criança saber distinguir o que é bom ou não para ela, sendo induzida a comprar e usar coisas das quais nem precisa às vezes? Os pais têm uma responsabilidade imensa nesse momento, por serem os mais próximos e os interessados na proteção dos seus filhos.
Arthur da Távola (1998), diz:
Por tudo isso, deixo a todos a reflexão sobre a importância de uma leitura crítica e uma ação sobre os realizadores de televisão, no sentido de que eles possam compreender o quanto a TV pode fazer nessa área. Infelizmente, temos assistido a um processo de adulteração dos horários da TV, em que os próprios programas infantis hoje existentes nada buscam a não ser formar consumidores infantis, posto que seus apresentadores estão envolvidos na indústria de consumo, sem a mínima preocupação com a cultura do país.
Essas palavras somente asseguram a idéia de como à televisão é produzida hoje. Ela é um instrumento de uso comercial, com objetivos próprios. Até as crianças são usadas inescrupulosamente para o alcance de lucros.
É observado na TV um grande número de programações de pouco conteúdo cultural, não acrescenta saberes. Seria permitido dizer que corremos o risco de distorcer nosso gosto por boas coisas, desaprender conceitos e piorar nossas escolhas.
O poder de manipulação é tão grande que as pessoas deixam de se preocupar com questões de interesse nacional para assistir ao capítulo da novela das oito. A relevância dos acontecimentos é equiparada a uma história de ficção feita para entreter e dar audiência. Só se consegui isso usando estratégias de atração muito bem elaboradas. Tudo que feita na televisão é elaborado com o máximo de cuidado, pensado, premeditado e tem endereços certos quando exibidos. Cada horário tem seu público alvo, aqueles telepesctadores que são receptivos aos discursos e mensagens passadas.
As pessoas são capazes de usar, fazer, dizer e ter atitudes não voluntárias, somente porque ouviram outros dizerem ser bom ou fazerem da mesma forma. Chega-se ao nível da irracionalidade, ir a um show de uma banda, e para isso ficar horas em pé, sendo que aqueles artistas nem lhe conhecem. O pior é nem gostar de certas coisas e ter de dizer que gosta por todos a sua volta gostarem. Não se aceita os de pensamentos próprios. Se você tem a coragem de dizer algo não aceito pela maioria pode ser agredido, expulso ou excluído da sociedade.
Cabe aqui falarmos da comunicação de massa, definida como aquilo que é transformado para atingir o maior número possível de pessoas, possíveis compradores. Ou seja, alguns bens simbólicos são transformados em produtos, com o objetivo de vendê-los para a “massa”, que são pessoas em grande número, normalmente generalizados, mas não se pode definir exatamente o que é a palavra “massa” nesse texto.
A comunicação de massa implica a mercantilização das formas simbólicas no sentido de que os objetos produzidos pelas instituições da mídia passam por um processo de valorização econômica. As maneiras de valorização das formas simbólicas variam muito, dependendo dos meios técnicos e das estruturas institucionais dentro das quais elas são empregadas. A mercantilização de alguns impressos, como livros, e panfletos, depende quase inteiramente da capacidade de produzir e vender as múltiplas cópias da obra. (THOMPSON, 1998, p.33.)

Assim sendo, tudo é passível de ser vendido, basta ser preparado para chegar às pessoas da forma certa. A mídia é o principal meio de fazer esses produtos chegarem às pessoas, é ela a responsável por potencializá-las e valorizá-las. Basta por uma boa propaganda para vender.
Quando não se conhece a origem dos bens produzidos, podemos citar o original do livro de um autor de conhecido, ou uma música, não vai fazer diferença ver e ouvir uma versão das obras. Quero dizer, deixamos de conhecer uma coisa incrivelmente perfeita para desfrutar de uma cópia às vezes mal feita. Pode ser que a comunicação de massa seja uma oportunidade de levar ao conhecimento de muitos, coisas só conhecidas por poucos, toda via, a forma como se faz é um tanto discutível. Devemos exigir qualidade nos produtos, mais cuidado.
Mesmo alcançando o maior número de pessoas nem sempre ela consegue seu intento com todos. Ainda há aqueles críticos, pessoas com antenas ligadas no que se está produzindo para o povo.
Em fim, o equilíbrio disso tudo deve ser buscado, dosar o que nos é passado. Saber escolher dentre tantas escolhas o que nos é melhor, para não perdemos a chance de ter mais qualidade ao invés de quantidade de produtos.


Considerações Finais

Chegamos à conclusão de ser a tecnologia um acontecimento, uma revolução do século XXI. Não aceitar isso é um erro. Precisamos dela. Entretanto existem os benefícios e malefícios advindos dela, o conforto causado pelo uso de aparelhos eletrônicos, internet é muito boa. Mas o descaso com a natureza, com o lixo produzido, que não se decompõe facilmente é um fato lamentável.
Também entendemos como o crescimento econômico e os desenvolvimentos tecnológicos mundiais estão entrelaçados. Eles andam de mãos dadas para chagar ao objetivo comum de crescer em produtividade e lucro, não interessando como.
Em fim concluímos ser a linguagem um poder, pois se ela for usada com intenções negativas para quem as absorve pode causar danos irreparáveis e até dependência.
Quem detém saberes é o forte. E o forte domina sobre os fracos, aqueles facilmente manipulados são levados para onde se manda ir. Não são atores principais, mas figurantes de suas próprias vidas.


Referências Bibliográficas

GOMES, Antenor Rita. Arte da Escrita/ Universidade do Estado da Bahia, departamento de Ciências Humanas, campus IV- Jacobina – BA, UNEB 2006. Semestral/ Ano I -n.1.
THOMPSON, John B. “A mídia e a modernidade: Uma teoria social da mídia.” Tradução de Wagner de Oliveira Brandão. 3ª ed. R. de Janeiro: Vozes, 1998, p 19-46.
TRAPSCOTT, Don. Geração Digital. A crescente e irreversível ascensão da geração net; Tradução: Ruth Gabriela Bohr. S. Paulo, Makron Books, 1999.
CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão. São Paulo: Ática, 1994.
BRANDÃO, H. Introdução à análise do discurso. Campinas: Unicamp, 1993.
FONTES, Malu. Teleanálise. A TARDE, setembro/2005. Revista da TV, p. 9.
DUNKER, Ana Cristina. Criança e TV, como agir?. Mundo jovem, maio/2005. Pais e filhos.
PACHECO, Elza Dias. Televisão, criança, imaginário e educação: Dilemas e diálogos / Elza Dias Pacheco (org.). – Campinas, SP: Papirus, 1998. – (Coleção Papirus Educação).

domingo, 12 de outubro de 2008

Mundo Atual

A Tecnologia a serviço do Mundo


Tecnologia

A comunicação através da internet, vem sendo muito importante atualmente, em todos os aspectos. Ela vem se desenvolvendo como um dos principais meios de comunicação, por oferecer todos os tipos de informações necessárias .
Não podemos dizer que ela é de fácil acesso, porém, podemos observar que através de lan houses, centros comunitários e etc..., vem facilitando para que as pessoas, de baixa renda, tenha de uma certa forma a oportunidade de estar se conectando no mundo digital.


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